Presença amiga.
“Quando Jesus viu Marta chorar, Ele se compadeceu profundamente em lágrimas.”
“De repente o telefone tocou. Atendi meio com sono e a voz do outro lado me dizia: - Eduardo, mamãe faleceu! Aos prantos, ela me pediu que orasse por ela. Eu rezei já chorando pela minha querida amiga. Pedi a Deus por sua vida. Talvez aquela tenha sido sua pior noite já vivida. Sua mãe agonizava no hospital, seus órgãos vitais já haviam desistido e seu corpo acostumado às batalhas, dava mostras do cansaço. Ela tinha morrido bem diante da filha.”
Comumente atribuímos os fatos negativos de nossa vida ao simples acaso. Sem querer, somos atingidos pela dor ou pelo sofrimento repentino. Nessas horas voltamos nosso olhar para dimensões da vida que normalmente não nos preocupavam. Somos reportados a algumas áreas que fazíamos questão de esquecer e não pensar.
Falo da morte.
Certo dia fui perguntado sobre o porquê do sofrimento.
A situação era das mais terríveis: a mãe de uma querida amiga havia falecido depois de uma operação de câncer. Revoltada com a situação, aquela jovem não entendia porque tão rápido aquela doença havia acabado com a felicidade de sua casa.
Com minha pouca experiência de vida entendi que nestes momentos não basta sequer uma palavra. Conceito teológico nenhum consegue dar conta da falta que faz uma mãe. Nestes momentos, mais do que tudo, faz-se necessário uma presença que conforte e que transmita amor, porque não há respostas definitivas para o mistério da morte.
Se Deus existe, porque eu sofro?
Talvez esta seja uma das perguntas mais cruciais de toda a história humana. Este é, sem dúvida, o problema central da teologia cristã. Até hoje, físicos, antropólogos, religiosos e estudiosos dos mais variados campos da ciência já tentaram oferecer respostas para essa pergunta.
No entanto, precisamos aceitar que ainda não fomos convencidos por uma resposta plausível e coerente para esta pergunta. Por isso creio que o sofrimento pode oferecer duas dimensões para a pessoa:
1º lugar: Que a dor e o sofrimento podem ser um sinal para voltarmos a contemplar dimensões de nossa frágil existência que fazíamos questão de ocultar.
2º lugar: Que o sofrimento tira nossa atenção daquilo que é comum e trivial e coloca a nossa atenção naquilo que é eterno, levando-nos a contemplar a dimensão da vida sobrenatural. Porque o sofrimento coloca a nossa atenção no que de fato tem valor e nos ajuda a visualizar a fugacidade desta vida.
Muitas vezes, não percebemos,
Mas Deus entra nos porões de nossa vida e age no silêncio!
"Por mais sofrida que seja a nossa existência, sempre haverá sinais da sua fidelidade a nos mostrar que não estamos sós." ( Mt 28, 20 )
E foi justamente por isso que o propósito da vinda de Jesus à terra estava primordialmente ligado à sua empatia com a nossa tristeza. Exatamente por vivermos em um mundo de dores e de dúvidas é que Deus nos visitou através do seu filho.
"Ele veio para caminhar ao nosso lado como um amigo que não nos abandona, como um irmão que nos sustenta e como um parceiro que nos ajuda a segurar a cangalha tão pesada da vida". (Mt 11, 28-30 )
Não há respostas simples para o sofrimento no mundo, mas há uma promessa: ele caminha ao nosso lado (João 16, 33).
Quantas pessoas choram nos corredores dos hospitais, ao lado de túmulos em cemitérios e trancados em suas casas, convivendo com fantasmas e dores incalculáveis?
Com certeza essas dores querem nos alertar sobre a real necessidade de resgatarmos o nosso conhecimento a respeito do caráter de Deus, que como um Pai nunca nos abandona ( Rom 8, 39 ).
Nesses momentos, a sua presença, imperceptível ao leviano, confortará. Muitas vezes, sem palavras, ele troca o desespero pela esperança, e da tormenta faz a calma ( Lc 8, 22- 25 ).
"Quando não houver explicações para o punhal que lacera o coração..
Quando as incertezas e as dores baterem nossa porta nas noites escuras da alma...
Restará a certeza de que aquele que venceu a dor e a morte...
É um amigo mais achegado que um irmão".
Deus nos ama e nos quer Bem, mesmo sabendo que o nosso coração hospeda maldade. Embora conheça nossas misérias, Ele nos trata como filhos amados. Assim posso admitir minha fraqueza, pois saberei que por Ele, serei sempre bem tratado.
“È por isso que Deus deseja que encaremos a nossa própria realidade,
que enfrentemos a doença e falemos de nossas carências.
Pois o caminho que nos leva a Deus começa com um olhar introspectivo.”
Não te deixes abater.
Nem tudo terminou.
Não te sintas só.
Ainda creio em ti.
Não desanimes.
Serei tua fortaleza.
A vergonha do teu passado.
Já removi.
A promessa para teu futuro
A promessa para teu futuro
Excelente é.
A corrida ainda não terminou.
Tu hás de vencer.
Confia em mim.
Confia em mim.
Cumprirei o meu propósito. Triunfante serás.
Cumprirei o meu propósito. Triunfante serás.
Confia em mim. Mais do que em Ti.
Para o aprofundamento deste tema,
indico a leitura do Livro:
indico a leitura do Livro:
"Quando coisas ruins acontecem às pessoas boas."
Do autor Rabino Harold Kushner.
1985.
Do autor Rabino Harold Kushner.
1985.
Frei Eduardo F. Melo.
13 de outubro- 2009.
Salamaleiko.
Que tema Linnnnnnnndoooo!!! Amei...
ResponderExcluirRealmente Deus ouve nossos lamentos, confortando nossos corações. Abraços!..