quinta-feira, 13 de maio de 2010

Histórias do Caminho -Compostela (Parte1)



"Todos os caminhos cabem dentro de mim."

Assim como a tradição muçulmana exige que todo fiel faça, pelo menos uma vez na vida, a caminhada que Maomé fez de Meca a Medina, o primeiro milênio do Cristianismo conheceu três rotas consideradas sagradas, e que resultavam numa série de bênçãos e indulgências para quem percorresse qualquer uma delas.

A primeira rota levava até o túmulo de São Pedro em Roma, e seus caminhantes tinham por símbolo uma cruz. Eram chamados de Romeiros.

A segunda Rota levava até o Santo Sepulcro de Cristo, em Jerusalém, e os que faziam este caminho eram chamados de palmeiros, porque tinham como símbolo as palmas com que Cristo foi saudado quando entrou na cidade.

Finalmente existia uma terceira Rota um caminho que levava até os restos mortais do apóstolo são Tiago, enterrados num local da Península Ibérica onde certa noite um pastor havia visto uma brilhante estrela sobre um campo.

A lenda conta, que não apenas São Tiago, mas a própria virgem Maria, estiveram por ali logo após a morte de Cristo levando a palavra do Evangelho e exortando os povos a se converterem. O local ficou sendo conhecido como Compostela – o campo da estrela – e logo surgiu uma cidade que iria atrair viajantes de todo o resto do mundo cristão.

A estes viajantes que percorriam a terceira rota sagrada do Cristianismo, foi-lhes dado o nome de peregrinos e passaram a ter como símbolo uma concha.

Em sua época áurea, no século XIV, o Caminho de santiago chegou a ser percorrido por mais de um milhão de pessoas, vindas de todos os cantos da Europa.

Até hoje, místicos, religiosos e pesquisadores ainda percorrem a pé os setecentos e oitenta kilometros que separam a cidade francesa de San Juan Pierre de Port da Catedral de Santiago de Compostela, na Espanha.

Graças ao sacerdote francês Aymeric Picaud, que peregrinou até Compostela em 1123, a rota seguida hoje pelos peregrinos é exatamente igual ao caminho medieval que foi percorrido por Carlos Magno, São Francisco de Assis, Isabel de Castela, pelo papa João XXIII entre muitas outras pessoas.

Continua no próximo post.

Frei Eduardo F. Melo
São Gonçalo - RJ
13 de maio de 2010.

5 comentários:

  1. Bacana história... quero ver a segunda parte.

    Nela vai constar que um dos peregrinos é FREI EDUARDO FALEIRO MELO.

    Forte abraço
    Paz e bem!!!

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  2. Muito legal está história...
    E eu como sempre aprendendo a cada dia mais com você!
    Obrigada...

    ah...e boa viagem....

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  3. Muito legal a história!
    E eu como sempre aprendendo com você!
    Obrigada!

    Ah...boa viagem...
    Abraços...

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  4. Que Deus o abençoe muito neste momento especial da sua vida... Estou com inveja, mas inveja boníssima e torcendo por você... Reze por nós... E esteja com Ele...... Sua bênção !!!

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  5. Hey Frei!

    Não é acaso que eu tenha encontrado o blog. Reconheço essas linhas, não poderia deixar passar algo tão familiar e importante na minha vida. São as palavras de Paulo em " O diário de um mago", primeiro livro do autor que li, e isso bastou.
    Fantástico, imagino eu, o sentimento de fazer o Caminho, é um sonho meu, realizado por outra pessoa, rsrsrs.
    Obrigada.

    Raízza.

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