Filosofia Paradoxalidades Teologia Contemporânea História Sons da Natureza Insights da Alma
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Visão da Saudade.
Saudade. Coisas de Minas.
Mariana - MG.
Eram tres e quinze da manha.
A rua estava deserta, calma e vazia.
Senti em mim a angustia, o silêncio e a nostalgia
absolvido, sozinho na madrugada fria.
De repente, ao clarão de um raio vi-me acuado sem sol e sem saída.
-Ah! Como descrever a imagem sutil daquela esfinge que saltava diante de mim?
Seu olhar era tão sublime como o dia.
Mas para expôr o bem que eu encontrei, outros dados eu darei desse momento.
Vi que subindo ao cume daquela montanha
compreenderia a suave declaração que ela me faria em forma de melodia.
Num rápido instante, sentado a beira de um abismo
recebi a mensagem de um vento que veio na direção da ilha.
Ela me olhou e chorou!
Em seu rosto vi o céu, as estrelas e a pureza daquela alma que sobre mim pendia.
Informei-lhe o meu destino.
Meio sem jeito, vi a lágrima que de seu rosto caía.
Era hora de partir.
Confesso que então me reclinei
quando vi, nos olhos da pequena menina,
os traços que ela descrevia sobre o tempo, a dor e a saudade
com sincera harmonia.
Agradecido pela visão, pelo sol e pela vida
deixei seus olhos e sua alma livres.
Meu coração ao seu se ajuntou
e vi no claro rosto que me aparecia, o semblante do amor que a todos pela estrada guia.
Vi-me refletido naquele doce olhar.
Ela me agradeceu e se despediu.
Sua partida desta vez nao me trouxe alegria.
Ela esfinge, imagem transfigurada, foi-se para longe
sem deixar rastro nem guia.
Hoje pela manhã.
Nas margens da estrada, eu sentei e chorei.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que lindo frei!!!!! Renata
ResponderExcluirMuito bonito o seu texto Frei, foi sobre a menina que chorou quando voce disse que ia embora nao foi ?
ResponderExcluirMuito bonito o texto Frei, foi uma forma de contar a historia daquela moça que chorou quando soube que voce nao ia mais ficar aqui em teresopolis nao foi ? Abraços
ResponderExcluir