quinta-feira, 3 de junho de 2010

Exilio em outro Mundo.



E um dia, como acontece a todos
comecei a refletir sobre o exìlio em que nos encontramos.
sobre este áspero e belo mundo.
No meu caso, eu estava em terra estranha.
uma terra verde, situada ao longe do planalto reluzente e pedregoso
que me levava ao cume daquele monte, alvo de meu encanto.

Assim, muito naturalmente, a regiao verde e estranha em que me encontrava
foi tomando a figura do meu exìlio.
Enquanto meus sonhos, pela pròpria natureza de ser
reluziam sobre aquele ponto em que me situava
fagulhas de areia enterradas no tempo
imagens repercutidas de meu passado.

Sobre aquele estranho e perdido acontecimento
que me remessava ao exilio do mundo
tive vertigens que me guiavam sereno a este plano.
No meio do caminho desta vida,
impressionado pelo calor do astro que me queimava em fogo,
sentia o toque daquela divindade repercutir como sino sobre mim.

Inesquecido pela vastidao daquela estrada
cavalguei por mais instantes na ansia de ver curadas minhas feridas.
Cheguei ao cume daquela pedra bem adiante do vale reluzente.
Sobre a fenda de uma antiga rocha
escondi minha aljava e meu alforje e dele me despedi
para que livre, e sem temer a vastidao de sua lembrança,
amanha encontrasse de novo meu destino.

Quinta-feira
3 de Junho - 2010.
Frei Eduardo F. Melo
Caminho de Santiago - Espanha. 

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