segunda-feira, 10 de maio de 2010

Solilóquios de um cavaleiro andante.



Em breve partirei. Meu tempo se aproxima.
Sob as asas de meu cavalo alado, desvendarei um outro mundo.
Sob as nuvens deste céu nublado olho pela janela de meu quarto.
Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo de minha vida,
E reflito sobre tudo o que está além de mim,
Enxergo-me nas sombras de minh'alma.

Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo,
Tragado pela vastidão da existência do universo
Compreendo minhas extensas limitações.
E ao deparar-me com elas,
Deixo de ser deus e aceito minha pequenez.
Liberto-me para ser apenas um ser humano.
Saio da condição de centro do universo...
Para ser apenas um andante nas trajetórias do mundo que desconheço..."

Frei Eduardo F. Melo
9 de maio - 2010.
Santa Teresa - ES.

Um comentário:

  1. É isso aí, Frei Eduardo.

    É na caminhada como um andarilho, é que saimos do nosso mundinho e vamos além.

    É no descompasso desse caminho, que realmente conseguimos enxergar as sombras de nossa alma.

    Já estou com saudades!! hehehehe

    Paz e bem!!

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