sábado, 24 de abril de 2010

Novos Insights - Crise na Igreja (Parte 1)



Aceito que a Igreja passa por um momento difícil em sua caminhada.
Apesar de reconhecer o intenso movimento da mídia em deflagrar um combate aberto contra a Igreja católica, também aceito que sua luta reflete a forte tendência anti-clerical e relativista própria da pós-modernidade.

A sociedade contemporânea...
em seu projeto liberal de delapidação das consciências e de insubmissão frente os valores do campo da fé, tem se mostrado irredutível e agnóstica perante todas as grandes Instituições comprometidas com a história.

Penso que estamos no final de uma época.

Estamos passando de um cristianismo de costume a um cristianismo de convicção.
E nesta nova etapa, só quem perseverar até o fim, segundo Jesus, será salvo.
(Lucas 24).

Se formos honestos em nosso Cristianismo, precisamos reconhecer...
somos parte de uma geração pouco educada no apreço de nossa doutrina.
Nossos conteúdos são razos. Nosso conhecimento é  frágil, nossa fé por tantas vezes mostra-se supersticiosa.

Segundo os críticos modernos...
o cristianismo havia conseguido se manter na sociedade graças ao fato de ter se reservado o monopólio da gestão do transcedente nas consciências individuais. A força de sua implicância coletiva nas massas, por séculos consecutivos se atualizava e ganhava força na celebração da experiência com o sagrado.

Com o surgimento das novas religiões e com a secularização moderna...
muitas pessoas não sentem mais necessidade de recorrerem às instâncias sagradas.
Não há necessidade, segundo alguns teóricos modernos, de intermediações entre o humano e o divino. Neste aspecto, a Instância religiosa perdeu em credibilidade. Para se achegar a Deus, não preciso de ninguém que me diga o caminho. Eu sou o caminho, ou o caminho está dentro de mim, afirmam os adeptos da religiosidade pós-moderna.

Baseado nestas reflexões, será que podemos dizer que a Igreja ou o Cristianismo passa por uma crise?


Por este instante, não quero oferecer respostas.
Estamos em processo de mutação.
E torna-se necessário refletirmos sobre os novos tempos da Igreja e do mundo.

Frei Eduardo F. Melo
Santa Teresa - ES
24 de abril - 2010.

Um comentário:

  1. Estimado Frei Eduardo,concordo plenamente que temos pouco conhecimento da nossa religião.
    Também acho que para isso os Sacerdotes devem em suas pregações levar os seus fieis a uma reflexão mais profunda,trazendo a Biblia para o dia de hoje,e a propria Igreja estudando as necessidades dos nossos dias.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.