terça-feira, 22 de setembro de 2009

DESABAFOS SOBRE RELIGIOSIDADE.



Foi o papa paulo VI que na época do Concilio vaticano II, afirmou:

"Na gênese do ateísmo e da indiferença religiosa do mundo atual, não pouco colaboram aqueles cristãos que, descompromissados com a verdade e com o testemunho moral, mais escondem que revelam o rosto de Cristo Jesus ao mundo".

Uma religiosidade que não vale a pena.


É uma religiosidade que, uma vez aceita, não torna a pessoa melhor do que era...
É uma religiosidade onde se camuflam os erros do passado e aceita que o cumprimento da obrigação pode aliviar a consciência pesada...

É uma religiosidade que não desperta para a necessidade de continua conversão e renúncia da própria vontade, mas afirma que o importante é sentir-se bem...

É uma religiosidade que aliena, não levando o ser humano à libertação...

É uma religiosidade que valoriza a forma e a beleza da imagem, mas despreza o conteúdo do caráter...
É Uma religiosidade que privilegia o dar certo, e esquece que o mais importante é estar certo (diante de Deus)...

É uma religiosidade em que a pessoa vive como se Deus existisse, mas suas açoes revelam que Ele não existe...

É uma religiosidade que faz da fé um amuleto da sorte, não uma experiência de vida....

É uma religiosidade que mostra a técnica de como obter o favor de Deus, mas não leva a pessoa a ser mais generosa e solidária com quem passa fome...
É uma religiosidade que faz a pessoa enxergar Deus como um juiz sentado num tribunal, mas não revela a rosto de Deus no olhar de uma criança pobre ou de uma mãe jogada na calçada da amargura...


É uma religiosidade em que se aprende a dar ordens a Deus, mas não ensina a obediência que nasce do temor à Deus...
É uma religiosidade que ensina a busca desenfreada pela realização só de projetos pessoais, mas não leva a pessoa a lutar pela justiça junto daqueles que sofrem...
É uma religiosidade que se pratica ocasionalmente; mas não é uma filosofia de vida ou uma experiência concreta com a pessoa de Deus...


É uma religiosidade que não torna a pessoa mais humano(a) e solidário(a) com quem está precisando de visita e de oração...
É uma religiosidade que não faz você ter interesse na leitura da palavra daquele que pode te dar a vida, mas que te faz acreditar que pra se viver a fé basta um alguns (poucos) minutos de reza por dia...

Essa é a questão.
23 de setembro- 2009.
salamaleiko.
Frei Eduardo F. melo

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