quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sobre Maledicências e sentidos.


O MALEDICENTE, covarde entre todos os envenenadores, está seguro de sua impunidade; por isso é desprezível. Não afirma, senão insinua; chega a desmentir imputações que ninguém faz, contando com a irresponsabilidade de fazê-las nesta forma.
Mente com espontaneidade, como respira. Sabe selecionar o que converge à detração. Diz distraidamente todo o mal de que não está seguro e cala com prudência o bem do qual tem certeza.
O ÓDIO que causa injúria e ofende é temível; a inveja que cala e conspira é repugnante. Algum livro admirável diz que ela é como a cárie dos ossos... As palavras mais cruéis que um insensato atira à cara não ofendem a centésima parte das que o invejoso vai semeando constantemente pelas costas... Assim como o azeite apaga a cal e aviva o fogo, o bem recebido contém o ódio nos nobres espíritos e exaspera a inveja nos indignos. O invejoso é ingrato, como luminoso é o sol; a nuvem, opaca e a neve, fria assim o é naturalmente.
Vida que segue.

FRei Eduardo F. Melo
Teresópolis 13 de abril - 2011

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