Desisti das euforias de minha juventude, mas não perdi o encanto pela vida.
Meus sofrimentos tornam-me a cada dia mais ponderado.
Acredito que o amanhã continuará com semelhantes tempestades.
Mas creio que o sol virá todos os dias para enxugar a umidade de meu coração e o cair das minhas lágrimas.
Já não digo "eu te amo" com tanta rapidez.
Confesso: já vi amores começarem e acabarem como a brisa da manhã.
Ela vai e vem sem deixar rastros.
Despedi censores internos, eles detonavam minha pouca criatividade.
Não perco mais tempo com quem quer perder a minha alma.
Com o passar dos anos, lentamente procurei esconder dimensões da minha vida que pouco conhecia.
Hoje encaro minhas tristezas melhor de frente.
Aprendi a escutar os lamentos de minh'alma.
Meu coração desacelerou.
Aprendi a pedir desculpas. Minha prece mudou.
Já não procuro atalhos.
Não imploro por salvamentos, não mascaro minhas sombras.
Não aceito uma religiosidade falsa.
Rezo com mais calma e menos velocidade.
Minhas idéias fluem como calmos ribeiros - se renovam para depois morrerem.
Quero a doçura do azul do céu que hoje coloriu meu coração.
Aceito meus fracassos e toco a vida com a esperança no Deus de amor que tanto me quer bem.
Amo meu bom Jesus.
Amo meu bom Jesus.
Hoje canto com o Lenine:
“Quando tudo pede um pouco mais de calma...
eu faço hora vou na valsa, a vida na pára.”
Salamaleiko.
Frei Eduardo F. Melo
22 de outubro- 2009.
"Enquanto você ainda está no silêncio, na intimidade dos seus pensamentos, nos devaneios do espírito, da rotina de mais um despertar, a vida se revela"...
ResponderExcluirBom dia Frei Eduardo!!!!
Grande abraço.