PISTAS PARA QUEM DESEJA APRENDER A VIVER...
Lembro-me que a exatos 8 anos atrás li a obra Pequeno "Tratado das Grandes Virtudes", do escritor André Conte Sponnvile. Confesso que esse livro mudou e muito minha forma de decifrar o que é a vida. Essa é um tipo de obra que não pode faltar na estante de leitura do cristão. E dela fiz questão de colher algumas pepitas que, de ouro, enriqueceram minha leitura. Hoje faço questão de tê-las aqui na memória digital de minha mente.
Como um riso espontâneo, vez por outra brota na gente o esforço para não deixar a vida encalhar no pântano do cinismo. Contemplamos a existência como um teatro de tragédias e comédias, com pessoas no elenco se esforçando para dar continuidade ao espetáculo. Do palco, ouve-se a frase:
“Sobreviver não basta, é preciso viver”. Todos querem aprender a viver."
Viver é um constante esforço para armazenar momentos nos porões da alma, ressuscitando o que se imaginou perdido no tempo. Alguns só percebem tardiamente que existir consiste em colecionar saudades. Viver é saber anular o rumo impiedoso daquela marcha que silenciosamente encobre tudo e todos de pó.
Viver é perceber nas réstias da revelação bíblica o dever de achar a própria essência. Todos, absolutamente todos, precisam tornar-se garimpeiros e caçadores de si. Neste mandado se aprende a ser humano. Desvendar a própria humanidade não implica uma exigência de se divinizar; ninguém precisa ser o que não pode.
Viver é acordar todas as manhãs para uma nova ressurreição; e ressuscitar é se reinventar com lucidez em cada passo da trilha que conduz ao futuro. Quem aprende a viver sabe recriar-se sem a indiferença dos estóicos e sem a prepotência dos ateus.
Diante de uma vida que nem sempre é lógica e justa, algumas vezes, precisa-se da coragem dos heróis gregos para que diante das tribulações as pessoas não recorram à máxima dos epicureus: “Comamos e bebamos porque amanhã morreremos”.
Viver é reconhecer a inutilidade de cobiçar ser deus. O mal se universalizou porque, descontentes com uma vida singela, os homens vivem cobiçando a sorte dos deuses. Todos os dias, novos Ícaros tentam voar rumo ao sol com suas precárias asas, sem perceberem que a cera derreterá, as penas cairão e os heróis tombarão miseravelmente!
Viver é cavar novas trincheiras para se defender de si quando chegar o dia do desencanto, em que se notará que o relógio de areia continuou escorrendo implacavelmente. A morte ceifa grandes e pequenos enquanto eles elaboram seus projetos de conquista de poder, glória e riqueza.
Viver é perceber nas réstias da revelação bíblica o dever de achar a própria essência. Todos, absolutamente todos, precisam tornar-se garimpeiros e caçadores de si. Neste mandado se aprende a ser humano. Desvendar a própria humanidade não implica uma exigência de se divinizar; ninguém precisa ser o que não pode.
Viver é acordar todas as manhãs para uma nova ressurreição; e ressuscitar é se reinventar com lucidez em cada passo da trilha que conduz ao futuro. Quem aprende a viver sabe recriar-se sem a indiferença dos estóicos e sem a prepotência dos ateus.
Diante de uma vida que nem sempre é lógica e justa, algumas vezes, precisa-se da coragem dos heróis gregos para que diante das tribulações as pessoas não recorram à máxima dos epicureus: “Comamos e bebamos porque amanhã morreremos”.
Viver é reconhecer a inutilidade de cobiçar ser deus. O mal se universalizou porque, descontentes com uma vida singela, os homens vivem cobiçando a sorte dos deuses. Todos os dias, novos Ícaros tentam voar rumo ao sol com suas precárias asas, sem perceberem que a cera derreterá, as penas cairão e os heróis tombarão miseravelmente!
Viver é cavar novas trincheiras para se defender de si quando chegar o dia do desencanto, em que se notará que o relógio de areia continuou escorrendo implacavelmente. A morte ceifa grandes e pequenos enquanto eles elaboram seus projetos de conquista de poder, glória e riqueza.
Vivem verdadeiramente os que acordam desse sonho mirabolante de serem donos do mundo.
Quantos desistiram da vida porque seus arroubos juvenis passaram, os narcisos morreram e a vida se impôs cruamente....Dói concluir que se combateram guerras erradas. Contudo, mesmo em meio ao cansaço e ao desânimo, persiste o desafio de revestir-se de coragem e prosseguir.
Hoje mais do que nunca, o ditado Romano continua pertinente:
LEVIUS FIT PATIENCIA QUIDI QUID CORRIGERE EST NEFAS
(A paciencia torna mais leve o que é dificil de corrigir)
Salamaleiko.
Frei Eduardo F. Melo
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