quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pecadores no Reino.



Interesante notar que Jesus não conviveu sempre com "gente certinha".
Ao contrário, Ele os evitava e fortemente os criticava.
Ele chamou os sacerdotes judeus de sepulcros caiados, de cegos que guiam outros cegos, e o pior, condenando-os ao inferno onde haveria choro e ranger de dentes.

Jesus gostava da companhia dos pecadores. E por quê?
 
Talvez porque para Jesus, os pecadores lhe pareciam mais humanos, mais sinceros, e mais verdadeiros em suas crises, e abertos ao mundo com suas fragilidades e rupturas.
 
Repare que Jesus chamou pessoas bem dificeis para o seu grupo.
Pedro era tempestivo e inconstante.
("Darei a minha vida por ti!". Antes que o galo cante me negarás!")
Tomé hesitante em crer.
( "Senhor eu creio, mas aumenta a minha fé")
João, vingativo e iracundo
("queres que mandemos fogo do céu?")
Felipe, lento para compreender
(Senhor, mostra-nos o Pai!").
Judas, desonesto e ladrão.
 
Porque será que Jesus tinha tanta dificuldade em lidar com os membros da Sinagoga e com os doutores da Lei?
Talvez porque eles entedessem santidade como perfeição.
Talvez porque se preocupassem mais com a reputação que com a integridade do  caráter.
Talvez porque demonstravam uma intimidade com Deus maior do  que realmente tinham, mas faziam questão de afirmar que tinham.  
 
Para Jesus Santidade não significa simplesmente obediencia a um conjunto de normas. Isso os judeus faziam bem, e com perfeição.
Para ele, as intenções que estão dentro do coração de uma pessoa valem mais do que os atos vistos de fora.
 
Para Jesus Santidade se confunde com Integridade, com luta, que deve ser sempre compreendida como busca da inteireza da pessoa. 
Santidade é como um caminho aberto, ainda a ser feito.
As sombras, as faltas, os erros passados, as sombras e as inadequações de uma pessoa precisam ser encaradas sem medo e sem neuroses.
 
Jesus revela um Deus que não exige de nós vidas "perfeitas" e imutáveis.
 
Não é a toa que dentre os diversos títulos atribuídos a Jesus, podemos notar  que um nos chama atenção:
 
Ele era amigo dos pecadores. (Mateus 11,19) 

 
O que isso sugere?


 

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